ESCOLAS ESTADUAIS DE UBERLÂNDIA RETORNAM ÀS AULAS DIA 21 DE JUNHO

TJMG autoriza a volta às aulas presenciais das escolas estaduais de Minas, inclusive Uberlândia, dia 21 de junho, e sindicato contesta a decisão

O retorno das aulas das escolas estaduais de Uberlândia, está previsto para o dia 21 de junho. A decisão é do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas para que isso aconteça, os diretores das escolas precisam assinar um termo afirmando que a instituição está preparada e seguindo todos os protocolos sanitários para receber os alunos.

Já para o  Sindicato do Trabalhadores da Educação, esta decisão é precipitada e irresponsável, uma vez que, transfere ao gestor escolar a decisão de manter a instituição aberta ou não.

Segundo o presidente do Sind-Ute, Guilherme de Faria, o fato de os diretores serem convocados a responder por alguma eventualidade, seja criminalmente ou judicialmente, gera uma preocupação, e a pressão exercida sobre esses profissionais pode dar a ideia de que as escolas estão preparadas, quando na verdade,  o que tem ocorrido durante as visitas do sindicato a estas, são denúncias de trabalhadore e profissionais da educação de que esses protocolos sanitários não estão sendo devidamente acatados.

Como o ensino será de forma híbrida, o sindicato também questiona ao Estado como resolverá a dupla jornada dos professores já que terão que atender os alunos presenciais e os que permanecerão em aulas online.

O sindicato ainda esclarece que defende a volta às aulas presenciais desde que todos os protocolos sanitários sejam implementados, sobretudo, a vacinação de todos os servidores.

A Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais disse que a volta será de forma gradual, começando com as turmas de 1º ao 5º ano, facultativo às famílias, e que todas as escolas realizaram um checklist criterioso para a aplicação dos protocolos com adequações no ambiente e a disponibilizaram os equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza.

Ao que parece, o assunto sobre a volta às aulas presenciais, sejam elas municipais ou estaduais, virou uma queda de braço. Mas não se pode ignorar o fato de que o cenário ainda é preocupante. Seria mesmo o momento de abrir as portas das salas de aula? As escolas e profissionais estão, de fato, preparados para enfrentar as possíveis eventualidades? Não seria o momento de esperar mais um pouco? 

Por mais que exista a ideia de que a vida precisa voltar ao normal, também precisamos pensar se esse “normal”  ainda seja um risco  à própria vida.

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