Esta semana, foi apresentado à Câmara de Uberlândia um projeto de lei que previa a aplicação de multa a cidadãos “fura fila” da vacinação contra covid-19. O projeto é de autoria coletiva da Frente Parlamentar Pró-Vacina e foi apresentado pela vereadora Cláudia Guerra (PDT).
A iniciativa era muito bem-vinda para a maioria da população da cidade, uma vez que sinalizava o enfrentamento de uma nova forma de corrupção, que foi escancarada para sociedade com uma grave denúncia sobre um médico que estaria vendendo atestados para os fura fila.
Entretanto, o projeto foi rejeitado por 14 votos a 10. Na lista de justificativas dos vereadores que votaram contra o PL havia o argumento de que não cabia ao poder legislativo estipular esse tipo sanção. O que pareceu bastante “curioso”, já que na semana anterior, o projeto apresentado pelo vereador Murilo Ferreira (Rede), vice-líder do governo, e que estipula pena para quem promover e frequentar festas clandestinas, foi aprovado sem maiores problemas.
Para o povo de Uberlândia ficou a sensação, mais uma vez, de que a impunidade está sendo recompensada. O que causou revolta nas redes sociais, como podemos ver nos perfis de jornais que veicularam a notícia e também dos próprios vereadores que votaram contra o projeto.
Para lembrar:
Vereadores que votaram CONTRA o projeto que multa fura filas: Anderson Lima, Antônio Carrijo, Charles Charlão, Gilvan Masferrer, Gláucia da Saúde, Ivan Nunes, Murilo Ferreira, Neemias Miquéias, Raphael Leles, Ronaldo Tannus, Sargento Ednaldo, Thaís Andrade, Walquir Amaral e Zezinho Mendonça.
Vereadores que votaram A FAVOR o projeto que multa fura filas: Amanda Gondim, Cláudia Guerra, Cristiano Caporezzo, Dandara, Fabão, Leandro Neves, Liza Prado, Dudu Luiz Eduardo, Odair José e Thiarles Santos.
Antônio Agusto Queijinho estava ausente e Eduardo Moraes se absteve.